LOS ANGELES

Los Angeles (forma em inglês de Los Ángelesespanhol para "Os Anjos") é a segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos[2] (a mais populosa é Nova Iorque). Com uma população de 3 792 621 habitantes, segundo o censo de 2010[2] , é acidade mais populosa do estado da Califórnia e do oeste dos Estados Unidos. Além disso, a cidade se estende por 1 302 km² no Sul da Califórnia e é classificada como a 13ª maior área metropolitana do mundo, com 17,7 milhões de pessoas espalhadas por grande parte do litoral sul da Califórnia. A área metropolitana Los Angeles-Long Beach-Santa Ana abriga 12 828 837 habitantes.[3] Los Angeles é também a sede do condado de Los Angeles, o mais populoso e um dos condadosmais multiculturais[4] dos Estados Unidos. Os habitantes da cidade são referidos como "Angelinos".
Los Angeles foi fundada em 4 de setembro de 1781, em nome da Coroa de Espanha, pelo governador espanhol Dom Felipe de Neve, com o topónimo El Pueblo de Nuestra Señora la Reina de los Angeles del Río de Porciúncula (A Vila de Nossa Senhora, Rainha dos Anjos do Rio de Porciúncula).[5] Tornou-se parte do México, em 1821, após sua independência daEspanha. Em 1848, no final da Guerra Mexicano-Americana, Los Angeles e o resto da Califórnia foram adquiridos como parte do Tratado de Guadalupe Hidalgo, tornando-se parte dos Estados Unidos, o México manteve o território de Baja California. Los Angeles foi incorporado como município em 4 de abril de 1850[1] , cinco meses antes da Califórnia se ter tornado um estado dos Estados Unidos.
Muitas vezes, conhecida por suas iniciais, "LA", e apelidada de "Cidade dos Anjos", Los Angeles é, hoje, um centro mundial de negócios, comércio internacionalentretenimentoculturamídiamodaciênciatecnologia e educação. É o lar de instituições de renome mundial cobrindo um vasto leque de campos profissionais e culturais e é um dos motores mais importantes da economia dos Estados Unidos. Em 2008, Los Angeles foi classificada a sexta cidade mais economicamente poderosa do mundo pela Forbes.com, e a terceira nos Estados Unidos, atrás apenas de Nova Iorque e Chicago[6] , fato pelo qual é considerada um dos maiores e mais importantes centros financeiros do mundo[7] [8] .
Com Hollywood, distrito da cidade, é conhecida como a "Capital Mundial do Entretenimento" e é a líder mundial na criação defilmes, produção de televisãovideogames e música gravada. A importância do setor de entretenimento para a cidade levou muitas celebridades a residir em Los Angeles e em seus subúrbios.

História

Nativos americanos viviam anteriormente na região, antes da chegada dos primeiros exploradores europeus. Entre as tribos, a tribo shoshone possuía uma aldeia chamada Yang-na, localizada onde está atualmente o centro de Los Angeles, ao longo do Rio Los Angeles.

Em 1542, o explorador português João Rodrigues Cabrilho, explorando a costa oeste da América do Norte em nome da coroa espanhola, descobriu a vila de Yang-na e foi amigavelmente recebido por nativos. Cabrilho anotou a localização da aldeia indígena e continuou sua exploração. Até 1769 (por 227 anos, portanto), a região permaneceu esquecida pelos europeus. Nesse ano, Gaspar de Portolá, um capitão da força militar espanhola, e Juan Crespi, um missionário espanhol, lideraram uma expedição partindo de San Diego com destino à Baía de Monterey. O grupo chegou à vila de Yang-na, onde Crespi escreveu, no seu diário, que o local onde ficava a aldeia indígena era um "lugar maravilhoso" e que tinha todas as condições necessárias para um grande assentamento. Gaspar e Crespi nomearam a cidade como Nuestra Señora la Reina de Los Ángeles de Porciúncula.

Colonização espanhola[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Colonização espanhola da América
Os espanhóis logo começaram o povoamento da região, onde está atualmente Los Angeles. Primeiramente, em 1771, os espanhóis fundaram Missión San Gabriel Arcángel, um pequeno centro religioso, 8 quilômetros a leste dos atuais limites municipais de Los Angeles. San Gabriel acabou por se tornar um importante centro agropecuário, cultural e religioso, e o mais importante de outros oito assentamentos criados pelos espanhóis ao longo da atual Califórnia.
Depois da construção de San Gabriel, Felipe de Neve, o governador espanhol da Califórnia escolheu o lugar descrito como "maravilhoso" por Crespi para a construção de uma nova cidade. Soldados foram enviados por Felipe para o México, com ordens de oferecer dinheiro, terra livre, animais e equipamentos para as pessoas que quisessem mudar-se para a nova cidade a ser criada.
Em 4 de setembro de 1781, um grupo de 44 pessoas - 11 homens, 11 mulheres e 22 crianças, com dois espanhóis no grupo, sendo o restante predominantemente afro-americanos, com alguns nativos americanos e descendentes de dois ou mais grupos étnico-raciais - chegaram na região descrita por Crespi. Este grupo havia saído em fevereiro de 1781. Ao chegarem, eles fundaram oficialmente El Pueblo de Nuestra Señora Reina de los Ángeles de la Porciúncula. Los Angeles é atualmente a única grande cidade americana a ter sido fundada por um grupo de assentadores predominantemente formado por afro-americanos.
Em 1800, Los Angeles tinha cerca de 315 habitantes e, de uma comunidade agrária, a cidade passou a ser um centro pecuário. Os espanhóis criaram gigantescos lotes de terra, que eram vendidos a criadores. Estes lotes abrigavam milhares de bovinos e cavalos.

Domínio mexicano[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Guerra Mexicano-Americana
Em 1821, México tornou-se independente da Espanha. Os mexicanos tomaram controle de toda a Califórnia, e a cidade de Los Angeles passou para controle espanhol. Los Angeles e Monterey alternaram-se como a capital do território mexicano da Alta Califórnia.
Em 1826, Jedediah Smith chegou a Los Angeles. Ele foi a primeira pessoa a chegar à cidade vindo da costa atlântica. Em 1841, assentadores americanos começaram gradualmente a morar na Califórnia, muitos dos quais decidiram instalar-se na cidade de Los Angeles. Mesmo assim, os hispânicos continuaram em maioria na cidade.
Em maio de 1846, os Estados Unidos e o México entraram em guerra. Em agosto do mesmo ano, tropas americanas capturaram Los Angeles. Porém, uma grande rebelião popular contra os americanos desenvolveu-se entre a população hispânica da cidade, e as tropas americanas recuaram. Em janeiro de 1847, Los Angeles foi capturada definitivamente pelos americanos. Tendo sido derrotados, os mexicanos assinaram o Tratado de Guadalupe Hidalgo, em 1848, que cedia a Califórnia aos Estados Unidos.

Século XIX[editar | editar código-fonte]

Los Angeles em 1869
Em 4 de abril de 1850, Los Angeles foi elevada à categoria de cidade e, cinco meses mais tarde, a Califórnia tornaria-se o 31º estado dos Estados Unidos. Los Angeles, então, tinha cerca de 1 600 habitantes e 73 km², sendo que sua população cresceu lentamente nas duas décadas seguintes. Muitos dos antigos proprietários de lotes agropecuários faliram, por causa da burocracia existente no processo de confirmação de propriedade por parte da justiça americana.
Alguns mexicanos resistiram à presença americana. Em 1856, Juán Flores liderou uma grande revolta popular na cidade, ameaçando o sul californiano. Ele acabou sendo enforcado, à frente de um público de mais de três mil espectadores. Outro mexicano famoso foi Tiburcio Vasquez, famoso entre a população hispânica por seus feitos contra os "gringos". Capturado em West Hollywood, ele foi considerado culpado de dois assassínios em 1874, e enforcado em 1875.
Chinatown de Los Angeles foi palco de uma revolta popular em 1871. Uma briga entre dois grupos criminosos chineses resultou na morte de uma pessoa branca. Isto enfureceu a população branca da cidade, e um contingente de 500 brancos dirigiram-se à Chinatown da cidade, matando 19 homens e meninos de origem chinesa, dos quais somente um estava envolvido na morte da pessoa branca. O grupo também matou outra pessoa branca que tentou proteger essas 19 pessoas. Casas e estabelecimentos comerciais chineses foram assaltados. Um julgamento procedeu, mas apenas uma pessoa do contingente de 500 passou algum tempo na prisão.
Poços de petróleo, em Los Angeles, em 1896
Em 1876, uma ferrovia foi construída entre Los Angeles e São Francisco, o que forneceu a Los Angeles acesso ao resto do país via São Francisco. Outra ferrovia, ligando Los Angeles ao leste americano via AtchisonTopeka e Santa Fé foi completada em 1885, o que gerou grande concorrência entre as diferentes companhias que administravam a ferrovia Los Angeles-San Francisco e a ferrovia Los Angeles-Atchison. Ambas as companhias começaram a baixar os preços da passagem de ida para a cidade, o que gerou um fluxo cada vez maior de pessoas vindas do resto dos Estados Unidos para Los Angeles. A tarifa eventualmente chegou a um mínimo de um dólar, e trenslotados de passageiros vindos do interior e do leste americano chegavam a Los Angeles diariamente. Esta concorrência também tornou Los Angeles um grande centro portuário, com produtos procedentes do interior dos Estados Unidos sendo despachados para o exterior via o porto de Los Angeles. Com tudo isto acontecendo, a população da cidade de Los Angeles cresceu dramaticamente, chegando a 50 mil habitantes em 1890 e dobrando em apenas dez anos, chegando a 100 mil na chegada do século XX.

Século XX[editar | editar código-fonte]

Centro de Los Angeles em 1900
Graduais anexações de cidades vizinhas a Los Angeles fizeram com que Los Angeles lentamente crescesse em tamanho nos anos que se seguiram a 1890. Em 1910, quando a cidade de Hollywood foi fundida com a cidade de Los Angeles, esta passou a ter 233 km².
Uma gigantesca baía portuária foi construída entre 1889 e 1913. E, bem no ano de sua inauguração, em 1913, o Canal de Panamá foi inaugurado. Los Angeles tornou-se o principal centro portuário do oeste do continente americano rapidamente. Los Angeles continuava a crescer, agora, alimentada pela indústria do petróleo, que havia sido encontrado pela primeira vez na cidade em 1892.
Porém, a falta de fontes de água potável ameaçava o futuro de Los Angeles. Com a população da cidade em grande crescimento, temia-se que logo a única fonte de água potável de Los Angeles até então, o Rio Los Angeles, não seria mais suficiente para atender à crescente demanda de água potável usada pela população em crescimento. A fonte de água potável mais próxima de Los Angeles ficava a 250 km da cidade, no rio Owens, que desemboca no Lago Owens, onde evapora. Entre 1899 a 1903, Harrison Gray Otis adquiriu fazendas e propriedades que ficavam na área do Rio e do Lago Owens. Também se planejava a construção do aqueduto que transportaria essa água para a cidade.
Em julho de 1905, o Los Angeles Times publicara que os habitantes da cidade não teriam mais nenhuma água disponível, a não ser que eles comprassem papéis do governo, para o financiamento da construção do aqueduto. Água potável distribuída pelo sistema de água foi desviada para o sistema de esgoto da cidade, diminuindo a quantidade de água potável disponível, e criando condições de seca artificiais. Pessoas foram proibidas de regar seus jardins. Em um dia de eleições, os habitantes da cidade aceitaram que 22,5 milhões de dólares estadunidenses fossem investidos na construção do aqueduto. Com este dinheiro, e também graças a uma lei federal recém aprovada, que permitia a cidades a aquisição de propriedades fora de seus limites municipais, permitiu a Los Angeles comprar as terras adquiridas por Gray Otis. O aqueduto foi inaugurado en 1913 e garantiu de vez o fornecimento de água potável para os habitantes da cidade, bem como triplicou a área de Los Angeles, que passou a ter 1 165 km² (atualmente, Los Angeles possui 1 215 km²).
Por volta de 1920, o turismo havia tornado-se em um grande negócio em Los Angeles. Um clima agradável, com temperaturas altas ou amenas durante quase todo o ano, atraíram (e continuam a atrair nos dias atuais) milhares de turistas. Muitos deles gostaram tanto da cidade e do seu clima que decidiram ficar de vez em Los Angeles. Nestes tempos, a indústria petrolífera da cidade crescia cada vez mais, com o crescente número de reservas de petróleo sendo descobertas. Com tudo isto, fábricas instalaram-se aos montes na cidade, produzindo produtos industrializados como aviões, móveis, pneus e outros produtos.
Ainda na década de 1920, Los Angeles implementou uma lei que restringia a aquisição de residências por afro-americanos, mexicanos, asiáticos e judeus, permitindo que pessoas de grupos étnico-raciais pudessem adquirir e morar em uma residência apenas em certos bairros da cidade.
Com a Grande Depressão, as condições socioeconômicas de Los Angeles caíram drasticamente, à medida que milhares de pessoas eram demitidas de seus trabalhos. Houve falência em massa de inúmeros estabelecimentos comerciais e industriais, o que agravava ainda mais a crise. Porém, a população da cidade continuava a crescer rapidamente, uma vez que milhares de pessoas desempregadas, vindas de todas as partes do país, iam a Los Angeles com a esperança de encontrar um emprego — época, inclusive, que a cidade passou pela primeira vez da marca de 1 milhão de habitantes. A economia da cidade, entretanto, apenas voltaria a crescer quando osEstados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, lutando ao lado dos Aliados. Fábricas e portos produziam armas, unidades militares e outros equipamentos usados pela forças militares americanas, empregando a maior parte da força de trabalho que até então estava desempregada devido aos efeitos da Grande Depressão; este crescimento continuou a atrair mais pessoas a Los Angeles, a maioria, vindas do interior do país. No final da guerra, Los Angeles tinha cerca de 1 500 000 habitantes e já era terceira mais populosa cidade dos Estados Unidos, superando a Filadélfia e ficando atrás somente de Nova York e de Chicago. Na década de 1950, Los Angeles já era um dos principais centros industriais e comerciais dos Estados Unidos. Depois de Detroit, Los Angeles fabricava mais carros do que qualquer outra cidade americana; depois de Akron, era a maior fabricante de pneus do país; e depois de Nova Iorque, era o maior centro americano de fabrico de roupas.
Uma lei que propusera limites para a altura máxima de prédios a serem construídos na cidade foi rejeitada em 6 de novembro de 1961. Isto, mais a contraditória renovação urbana no bairro de Bunker Hill (pitoresca, mas decadente), culminou na construção de vários arranha-céus em Los Angeles, desde então até a década de 1990.
Diversas vias expressas foram construídas a partir da década de 1940, conectando Los Angeles com seus subúrbios. O pequeno e ineficiente sistema de transporte público da cidade (centralizada em um sistema ferroviário de passageiros, e algumas linhas de bondes e light rail) foi desativada na década de 1950 (pressionada pela General Motors), o que tornou Los Angeles uma cidade voltada para o carro. Com mais fábricas sendo construídas e mais carros transitando nas vias públicas de Los Angeles, a poluição atmosférica tornou-se um sério problema em Los Angeles, especialmente em dias com poucos ou nenhum vento, onde a poluição gerada por fábricas e veículos acaba acumulando-se próximo ao solo, causando a formação de smog.

Era contemporânea[editar | editar código-fonte]

O centro de Los Angeles presenciou um forte desenvolvimento nas décadas de 1980 e 1990, incluindo a construção de alguns dos mais altosarranha-céus da cidade
Em 1989, um novo plano diretor, com extensão de 20 anos, foi implementado na cidade, cujo objetivo era reduzir os altos níveis de poluição atmosférica na cidade. Nesta mesma década, foi construído um sistema de metrô e de light rail, em uma tentativa de diminuir os constantementes congestionamentos que ocorrem nas auto-estradas da cidade, e diminuir a poluição atmosférica gerado por veículos.
Em 1990, Los Angeles enfim se tornou segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos (superando Chicago e ficando atrás somente de Nova York); Entretanto, a década de 1990 foi marcada por intensos conflitos raciais, agravada pela opressão policial. O incidente mais conhecido é o de Rodney King, um motorista afro-americano, que foi parado por quatro policiais na cidade, em 3 de março de 1991. Os policiais espancaram King, que sofreu graves ferimentos. Os policiais foram indiciados, mas nenhum deles foi condenado, mesmo com as provas do crime tendo sido gravadas em vídeo. O processo fora realizado em um subúrbio branco de Los Angeles, e todos os jurados eram brancos. O veredito do processo resultou em um grande motim popular nas ruas da cidade, especialmente em bairros afro-americanos. Como resultado, 53 pessoas morreram, 2,4 mil pessoas ficaram feridas e houve mais de um bilhão de dólares em danos. Os policiais foram processados novamente em 1993. Dois deles foram condenados a dois anos de prisão, e os outros dois, absolvidos. A prefeitura de Los Angeles depois seria condenada a pagar uma indenização de 3,75 milhões de dólares estadunidenses para Rodney King.
Dos anos 2000 para cá, a cidade se firmou como a segunda mais populosa dos Estados Unidos (como se mantém até hoje, chegando a 3 700 000 habitantes em 2010), bem como um dos mais importantes e influentes centros urbanos, financeiros e culturais do mundo.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Imagem de satélite da área urbanizada da região metropolitana de Los Angeles
Los Angeles está localizada no sudoeste dos Estados Unidos, e no sudoeste do Estado americano de Califórnia, na costa do Oceano Pacífico. Situa-se a aproximadamente 560 km a sul da cidade de San Francisco e a 210 quilômetros a nordeste de San Diego e dafronteira Estados Unidos-México.
De acordo com o United States Census Bureau, a cidade tem uma área de 1 302 km², onde 1 213,8 km² estão cobertos por terra e 88,1 quilômetros quadrados por água[2] . Em função da extensão de sua área total, Los Angeles atualmente é uma das maiores cidades americanas em área, embora no início do século XX, a cidade tenha tido apenas uma pequena fração da área atual. Os limites municipais de Los Angeles cresceram com a gradual anexação de cidades vizinhas, como HollywoodSan PedroVan Nuys e Westwood, atualmente, distritos da cidade de Los Angeles.
A maior distância entre dois pontos norte-sul em Los Angeles é de 71 quilômetros, e a maior entre dois pontos leste-oeste é de 44 quilômetros. São cerca de 550 km em fronteiras municipais com outras cidades vizinhas. De sua área de 1223 km², 1214,9 km² ficam em terra firme, e 75,7 km² em corpos de água. O ponto mais elevado da cidade é o Monte Irmã Elsie (Sister Elsie Peak, em inglês), que tem uma altitude de aproximadamente 1680 metros. Localizada num terreno bastante acidentado, a altitude média de Los Angeles é de 84 metros, estando a um mínimo de 0 metro nas praias de Santa Ana, e a um máximo de 1 680 metros no monte Irmã Elsie.
Os sismos são uma ameaça diária em Los Angeles. O passado sísmico da cidade não é tão trágico quanto o de San Francisco, mas, nada impede que um tremor devastador aconteça na cidade. Como outras cidades localizadas na Califórnia, Los Angeles está localizada numa região altamente vulnerável a terremotos. A Califórnia é uma das regiões do mundo mais sujeitas a terremotos. Existem mais de 300 falhas geológicas no Estado. Além de estar a poucos quilômetros da zona de choque (encontro) entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-Americana, Los Angeles fica sobre um terreno relativamente úmido e macio, o que aumenta a vulnerabilidade das estruturas ali instaladas em um caso de um grande terremoto. O terremoto mais recente foi o Terremoto de Northridge, ocorrido em 1994, que causou danos de propriedade avaliados em bilhões de dólares estadunidenses. No dia 29 de julho de 2008, um terremoto de 5,4 graus na escala Richter pôde ser sentido de Los Angeles a San Diego. O Centro de Geologia dos Estados Unidos informou que o epicentro do sismo estava localizado a 47 km ao sudeste do centro de Los Angeles, próximo de Chino Hills. Felizmente, apenas cinco pessoas ficaram feridas e foram reportados apenas pequenos danos estruturais.

Região metropolitana[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Região metropolitana de Los Angeles
Fotografia aérea da área metropolitana da cidade
Los Angeles é a sede de condado do Condado de Los Angeles, o condado mais populoso dos Estados Unidos, com um total de 10 179 716 habitantes. São 88 cidades, todas parte da região metropolitana de Los Angeles, das quais dez possuem mais do que 100 000 habitantes. Long BeachGlendale e Santa Clarita são as cidades mais populosas e importantes do condado. Muitas cidades do condado estão completamente cercadas pela cidade de Los Angeles, caso de West Hollywood, Westwood, San Pedro e Culver City. Outras estão cercadas por Los Angeles e pelo Oceano Pacífico, como Santa Mônica e Torrance.
A região metropolitana de Los Angeles é composta pelos condados de Los Angeles, Riverside e Orange, que possuem quatro grandes aglomerações urbanas distintas: Los Angeles-Long Beach, Condado de Orange, Riverside-San Bernadino e o Condado de Ventura. No total, são 12 146 000 habitantes e 4 319,9 km² de área urbanizada, o que torna a região metropolitana de Los Angeles a segunda mais habitada dos Estados Unidos, a terceira mais habitada da América do Norte, bem como uma das maiores do mundo.

Clima e meio-ambiente[editar | editar código-fonte]

Imagem 3D obtidas através de fotografias de satélites da área urbanizada da região metropolitana de Los Angeles
Los Angeles tem um clima subtropical-mediterrâneo (classificação climática de Köppen-Geiger), com a presença de desertos semi-áridos[9] Los Angeles possui um clima bastante agradável, em comparação a outras grandes cidades americanas. Invernos amenos everões quentes tornam as praias de Los Angeles bastante movimentadas quase o ano inteiro. A temperatura média no inverno é de 13ºC, com mínimas entre 12 °C e 10 °C, e máximas entre 18 °C e 21 °C. A temperatura média no verão é de 23 °C, com mínimas entre 12 °C e 17 °C, e máximas entre 24 °C e 38 °C. Precipitação cai na maioria das vezes na forma de chuva, embora no inverno, algumas vezes neve na cidade. Porém, a maior parte da neve acaba derretendo rapidamente ou na atmosfera ou no solo. A taxa de precipitação média anual na cidade é de 38 cm.
As maiores temperaturas sempre são registradas nos meses de agosto e setembro, principalmente em ocasiões de vento Sant'Ana, onde a umidade relativa do ar chega a ficar abaixo dos 10% por vários dias e as temperaturas até a 37 graus na cidade de Los Angeles e a mais de 41 graus nas cidades mais ao interior do estado, como Riverside e San Bernardino.
Do final do mês de maio até meados de julho, o litoral da Califórnia vive uma situação de ventos marítimos que chegam ao continente e que provocam dias de tempo muito nublado, névoa e temperaturas amenas. Nesse período, nas áreas litorâneas do Condado de Los Angeles as temperaturas máximas não ultrapassam os 20 graus e no centro da cidade elas só vão ficar acima dos 25 graus a partir de Julho.
O Inverno é a estação chuvosa, onde costuma-se registrar temperaturas mais baixas, mínimas em torno de 5 °C e máximas inferiores a 13 °C no mês de Dezembro e no começo de Janeiro. Depois disso, ventos secos predominam e aumentam as temperaturas por um bom tempo, sendo observados período de muita oscilação da temperatura, normalmente com manhãs de 8 °C e tardes de 25 °C.

so extensivo de veículos pela população de Los Angeles e a geografia da cidade, com montanhas cercando toda a região mais densamente habitada fazem com que a cidade sofra bastante de poluição atmosférica. Muito das emissões geradas pelos veículos acaba ficando presa, por causa das montanhas, bem como as emissões geradas pelas indústrias ali localizadas. Outro problema é a crescente contaminação dos lençóis de água localizados sob a cidade.

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